Eu queria abrir este post com um palavrão bem grande, mas ia ficar deselegante. No entanto, apesar da minha decisão de não escrever literalmente o que está na minha cabeça, preparem-se: o que vem a seguir não é muito mais elegante.
Mães sem noção estão ultrapassando todos os limites e fazendo festinhas na maternidade, com direito a garçom, champanhe e tudo mais. Não é mais uma ou outra artista sem noção, tá virando moda, segundo reportagem da revista Veja.
Naquele momento em que a mãe deveria estar descansando com seu bebê, contando os dedinhos; no momento em que lhe é "permitido" estar inchada, descabelada e sem maquiagem para pensar apenas na sensacional experiência de trazer ao mundo uma pessoinha que deveria, então, ser o centro do seu mundo; nesse momento elas fazem invadir a maternidade, maquiador, cabelereiro, buffet, garçom, fotógrafo e sei lá quantas pessoas mais para se exibir. (http://vejario.abril.com.br/edicao-da-semana/festa-na-maternidade-699200.shtml).
Sim, isso é exibicionismo puro! É querer mostrar que pode.
É como as mega produções das festas de aniversário de um ano, mas com um agravante: é feito dentro de um hospital, com o aval da direção do hospital, ignorando a necessidade do bebê recém nascido de estar tranquilo ao lado dos pais.
A festinha de aniversário pode ser exagerada, eu não tenho nada com isso e nada contra isso. Eu não faria, mas se os pais têm dinheiro e querem fazer, problema deles. Mas isso de encher a maternidade de gente, comida, decoração e, principalmente, bebida, no primeiro dia de vida do bebê, é absurdo!
Mais absurdo: os hospitais permitem esse circo todo, mas não permitem que uma doula acompanhe a parturiente na sala de parto. O Conselho de Medicina e a direção dos hospitais deixam entrar câmera fotográfica, filmadora, pai que desmaia, mãe que chora, irmã que trava de nervoso, um monte de gente sem o menor preparo para este momento, mas não permite que uma pessoa treinada para ajudar - e igualmente escolhida pela mãe - entre na sala de parto.
Dá pra entender?
Não dá pra entender e tenho cada vez mais certeza de que não nasci para ser socialite.
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