quarta-feira, 20 de junho de 2012

sem título

Uma das piores coisas que podem acontecer na vida da gente é brigar com quem amamos. Pode ser mãe, filho, namorado, avó: quando você briga com quem ama, independentemente de estar certo ou errado, você se sente mal, mau e culpado. Isso porque, estando certo ou estando errado, a gente pode magoar o outro, e ver alguém que amamos magoado por nossa causa é pura tortura. No fim, muitas vezes, a gente fica sem saber se estava certo ou errado porque, aparentemente, numa discussão com alguém querido, é inexplicavelmente mais difícil manter o foco e não trazer à tona outras brigas (ocorridas ou sufocadas) e confundir as coisas. A gente fala (de)mais quando briga com quem ama.
Se você discute com alguém indiferente na sua vida, vira a esquina e esquece. Se é alguém querido você pede desculpas e continua ali, esperando pra ver se foi mesmo perdoado. E como cada um tem um jeito de reagir, e como apesar disso sempre esperamos que o outro reaja como nós ou como esperamos, às vezes é difícil saber o que o outro pensa. Quem explode não entende o que não altera a voz. Quem tem sangue mais frio não sabe o quão desesperador isso é ao estourado. Tem gente que prefere não discutir e manter o incômodo, tem gente que prefere dizer tudo o que vem à cabeça e só depois ver no que dá. De qualquer jeito dá errado.
O pior disso tudo é perceber que você não pode fazer quem ama feliz o tempo todo (por mais que, na teoria, você já soubesse disso), que você pode errar com quem quer sempre acertar e que o outro pode errar com você também.
Saber que seus defeitos não afetam somente a você mesmo e aos indiferentes é tão difícil quanto ter que reconhecê-los. Perdoar os defeitos do outro é tão difícil quanto e quanto mais próxima é a convivência, mais difícil fica. Mas se a gente ama e trata de encontrar um jeito...

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